segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Conhecer o homem - esta é a base de todo o sucesso."
Charles Chaplin
Charlie Chaplin olhando
"O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido."
Aristóteles

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Olhar o passado para construir o futuro

O escritor e jornalista Laurentino Gomes, autor do premiado livro 1808, escreve sobre a importância de se analisar a história do país para desenvolver a Educação.


 


"Em 1818, só 2,5% dos homens adultos da cidade de São Paulo sabiam ler e escrever, o que significa que provavelmente 99% da população brasileira era analfabeta”.


Quem observasse o Brasil em 1821, às vésperas da Independência, teria fortes razões para duvidar de sua viabilidade como país. Com um imenso território virgem, escassamente povoado, a antiga colônia portuguesa tinha pouco mais de quatro milhões de habitantes. Era uma população analfabeta, pobre e carente de tudo. De cada três brasileiros, um era escravo. Os ricos eram poucos e ignorantes. Os conflitos regionais ameaçavam a unidade nacional. A administração pública era lenta, corrupta e ineficiente. O que mais impressionava era o analfabetismo. Em 1818, ano do primeiro censo populacional do governo do rei D. João VI, só 2,5% dos homens adultos da cidade de São Paulo sabiam ler e escrever, o que significa que provavelmente 99% da população brasileira era analfabeta. 

 

1808: a chegada da Família Real ao Brasil 

Entre no especial que fizemos em conjunto com Laurentino Gomes e entenda a importância do ano de 1808 para o nosso país.


 

Num cenário assim, como construir um país viável? A surpresa é que, apesar de tudo, o Brasil conseguiu se firmar como nação independente. Hoje, ainda está longe de ser um dos melhores e mais desenvolvidos países do mundo. Mas também não se pode dizer que seja dos piores. O quadro de pobreza, desigualdade social, atraso nas leis, corrupção e ineficiência ainda representa um grande desafio aos brasileiros. Um olhar para o passado, no entanto, permite concluir que as dificuldades já foram muito maiores - e, muitas vezes, quase intransponíveis. Nesses duzentos anos, lutando contra todas as adversidades, os brasileiros conseguiram construir um país grande, integrado, de cultura bem definida, relativamente tolerante do ponto de vista racial, política e religioso. São virtudes que, se bem entendidas e utilizadas, nos ajudarão a construir o futuro. E a história serve para isso mesmo. 


O objetivo da história é iluminar o passado para entender o presente e construir o futuro. Uma sociedade inculta, incapaz de estudar e analisar sua história, não consegue entender a si própria. E, nesse caso, não está apta a construir o futuro de forma estruturada. Uma visão de curto prazo, que não leva em conta as lições do passado, conduz a soluções igualmente imediatistas. Nossos problemas têm raízes profundas, que às vezes remontam a duzentos ou trezentos anos atrás. Isso não significa que o Brasil esteja eternamente condenado à corrupção ou a repetir os vícios do passado. Um país pode evoluir e melhorar, mas antes é preciso entender a origem desses problemas. Nesse quadro, investir em educação é absolutamente fundamental. Só uma sociedade culta e bem educada consegue entender a própria história - com seus defeitos e suas virtudes.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Baia da Traição (PB), Aldeia do Galego.
Foto de Luiz Gonzaga 
 Meu nome é Luiz Gonzaga, não sei se sou fraco ou forte, só sei que, graças a Deus, té pra nascer tive sorte, apois nasci em Pernambuco, o famoso Leão do Norte.Nas terras do novo Exu, da fazenda Caiçara, em novecentos e doze, viu o mundo a minha cara.No dia de Santa Luzia, por isso é que sou Luiz, no mês que Cristo nasceu, por isso é que sou feliz.